Tanto faz
Uma coisa amarela,
é isso o que eu quero.
Quem sabe a lua nova,
quem sabe um dia manso.
Talvez um galho de sol
sobre um rio cansado.
Uma coisa amarela,
eu quero, porque quero.
Talvez, cheiro de outono,
quem sabe, um pedaço
de vento, folha, areia,
coisa que vem de dentro.
Qualquer coisa, eu quero.
Da cor que regenera.
Qualquer tom de amarelo,
que não seja sorriso.
Pode ser até um beijo,
alguma coisa acesa.
Fogo, faca, afago
de tirar meu fôlego.
Quero, porque preciso,
alguma coisa qualquer.
Quem sabe uma palavra,
ainda que fosse suja.
Quem sabe só uma flor
chegando com urgência.
Uma coisa amarela,talvez.
Como um susto.
(Silvana Guimarães - http://www.umacoisaeoutra.com.br/)
"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome, cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores!" É isso, precisamos aprender a levar nossos olhos para passear, como bem diz o escritor Rubem Alves. Frase linda, essa. Andar a procurar cores pelo mundo com olhos atentos, despertanto formas, quiçá cheiros e sabores de seu aparente torpor...
...Essa poesia é pra alguém que cismou com amarelo, e leva seus olhos para o passeio a enxergar amarelos escondidos pelos cantos do mundo.
"E ela mesma resolveu escolher tomar este caminho de cá, louco e longo, e não o outro, encurtoso"
terça-feira, 30 de setembro de 2008
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
"...mundo que gira, dia que fica, noite que vai..."
luzes na escuridão
terra batida...saudade que fica, gente que vai... mundo que gira, dia que fica, noite que vai...
analogias, antagonias, dicotomias...
calçada, chão!
sabedoria...
palavras soltas, tudo
palavras arrumadas, nada.
palavras...mais que gestos.
sorrisos... incompletos.
olhares...diversos.
sentido? desprezível...
amigo, comigo.casa, rua, chuva, nua, lua: lua distante da gente, casa pequena pra gente, rua enorme e apavorante, nua e crua, a verdade que é desconhecida...
cinza, marrom... colorido, não.
vermelho derramado no amarelo, misturando, laranja...
banana com pintas pretas...
escuridão, sem luz.
finito, infinito...vácuo...
entender uma mente que não se prende a mais nada...
compreender a vida que não se sente mais nada...
afinal,
o que são as palavras?
ANALISE-ME
(Júlia Borges - http://jujuborges.blogspot.com/)
terra batida...saudade que fica, gente que vai... mundo que gira, dia que fica, noite que vai...
analogias, antagonias, dicotomias...
calçada, chão!
sabedoria...
palavras soltas, tudo
palavras arrumadas, nada.
palavras...mais que gestos.
sorrisos... incompletos.
olhares...diversos.
sentido? desprezível...
amigo, comigo.casa, rua, chuva, nua, lua: lua distante da gente, casa pequena pra gente, rua enorme e apavorante, nua e crua, a verdade que é desconhecida...
cinza, marrom... colorido, não.
vermelho derramado no amarelo, misturando, laranja...
banana com pintas pretas...
escuridão, sem luz.
finito, infinito...vácuo...
entender uma mente que não se prende a mais nada...
compreender a vida que não se sente mais nada...
afinal,
o que são as palavras?
ANALISE-ME
(Júlia Borges - http://jujuborges.blogspot.com/)
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Bosque
Em mim existe um bosque. Meu bosque se revela, não sou eu a entrar nele, ele é que se faz habitar dentro de mim. Penso que estou parada no meu ser(tão), mas do alto de uma árvore apareço de repente, catando frutos, cuspindo as sementes.... e me confundo com o solo, a terra fofa, a umidez de mim molhando tudo. Abraço as sementes que lancei, guardo os frutos que encontrei, e no instante seguinte já não sou solo, já não estou no fino galho que ameaça partir lá de cima e me arremeçar em queda machucada. Saio voando, borboleta azul, violeta, amarela... (A borboleta pára pra conversar com o lobo de olho sincero...e ele - o olho - lhe conta histórias, a borboleta adora a amizade do lobo).
Chove no bosque, borboleta não se molha, pois agora ela mesma é o pingo furta-cor que encharca a floresta. Choro que enche as fontes, transborda os rios, sorri os peixes. Labirinto, meu bosque me puxa com suas mãos invisíveis e não me deixa sair pela porta da ilusão ... caminho, procuro então.
Em mim existe um busque, que me passeia os solos férteis, voa com as borboletas, chove ignorantes verdades.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Soletram versos, as meninas
Dorme a cidade
Resta um coração
Misterioso
Faz uma ilusão
Soletra um verso
Larga a melodia
Singelamente
Dolorosamente
Doce a música
Silenciosa
Lava o meu peito
Solta-se no espaço
Faz-se certeza
Minha canção
Réstia de luz
onde dorme meu irmão
Os lábios dela se mexem com delicadeza tentando acompanhar a letra que escuta pela primeira vez. No colo materno, ainda enrolada na toalha, agasalha-se no abraço, aconchega-se e deixa-se envolver pela música...sente-se confiante para imitar a mãe. Esta por alguns segundos permanece distraída em seus devaneios, ali, cabeça encostada na parede, sentada numa cadeira de plástico, olha o teto frio do banheiro...todavia sua voz canta a doçura daquele momento, sem ainda saber que a menina no seu colo também canta, e que distraída ela também está, e que devaneios talvez ela também os tenha...
...a menina se perde no imaginar a canção, solta-se no espaço silencioso, soletra um verso para o coração que restou. Faz-se certeza, ainda que momentâneamente. Ainda que dolorosamente. Ainda que singelamente, lava o seu peito.
Sim, a menina no seu colo canta. Como se escutasse a música pela primeira vez.
E sorriem as meninas. Desfaz-se uma ilusão.
Ali agasalhada no abraço da filha, a mãe aconchega-se também e percebe que as meninas sentadas no seu colo tentam cantar palavras que desconhecem...ainda.
(esse momento aconteceu de verdade, hoje, não é criação poética, imaginação...tentei transmitir um pouco da beleza de um instante de mãe e filha, instante imerso na rotina..no som tocava "dorme a cidade" do disco "os saltimbancos" e, quando me sentei para esperar um pouco, antes de sair do banheiro - costumo fazer isso, para ficar um tempo agarradinha com ela, só nós duas, e também para evitar correntes de ar, me sento numa cadeira de plástico que temos no banheiro - e parei para escutar a música, e cantei, de repente percebi que maitê estava quietinha tentando cantar também, em silêncio..eu tentando significar aquelas palavras e ela modelar com a boca o som que escutava...e percebi que éramos meninas, saboreando sentidos e descobertas).
Resta um coração
Misterioso
Faz uma ilusão
Soletra um verso
Larga a melodia
Singelamente
Dolorosamente
Doce a música
Silenciosa
Lava o meu peito
Solta-se no espaço
Faz-se certeza
Minha canção
Réstia de luz
onde dorme meu irmão
Os lábios dela se mexem com delicadeza tentando acompanhar a letra que escuta pela primeira vez. No colo materno, ainda enrolada na toalha, agasalha-se no abraço, aconchega-se e deixa-se envolver pela música...sente-se confiante para imitar a mãe. Esta por alguns segundos permanece distraída em seus devaneios, ali, cabeça encostada na parede, sentada numa cadeira de plástico, olha o teto frio do banheiro...todavia sua voz canta a doçura daquele momento, sem ainda saber que a menina no seu colo também canta, e que distraída ela também está, e que devaneios talvez ela também os tenha...
...a menina se perde no imaginar a canção, solta-se no espaço silencioso, soletra um verso para o coração que restou. Faz-se certeza, ainda que momentâneamente. Ainda que dolorosamente. Ainda que singelamente, lava o seu peito.
Sim, a menina no seu colo canta. Como se escutasse a música pela primeira vez.
E sorriem as meninas. Desfaz-se uma ilusão.
Ali agasalhada no abraço da filha, a mãe aconchega-se também e percebe que as meninas sentadas no seu colo tentam cantar palavras que desconhecem...ainda.
(esse momento aconteceu de verdade, hoje, não é criação poética, imaginação...tentei transmitir um pouco da beleza de um instante de mãe e filha, instante imerso na rotina..no som tocava "dorme a cidade" do disco "os saltimbancos" e, quando me sentei para esperar um pouco, antes de sair do banheiro - costumo fazer isso, para ficar um tempo agarradinha com ela, só nós duas, e também para evitar correntes de ar, me sento numa cadeira de plástico que temos no banheiro - e parei para escutar a música, e cantei, de repente percebi que maitê estava quietinha tentando cantar também, em silêncio..eu tentando significar aquelas palavras e ela modelar com a boca o som que escutava...e percebi que éramos meninas, saboreando sentidos e descobertas).
terça-feira, 16 de setembro de 2008
O amor que merece
O Amor que Merece
Zeca Baleiro
Composição: (Zeca Baleiro e Alice Ruiz)
O meu amor me diverte
quando chama
Diz que me ama
Depois não dá a mínima e desaparece
O meu amor me entristece
Cria expectativa
Mas não liga
Me convida em seguida me esquece
Mas como ele mesmo diz
Cada um tem o amor que merece
Não reclama
Cada um só tem o amor que merece
Para refletir...
( o "não reclama" é ótimo! )
Zeca Baleiro
Composição: (Zeca Baleiro e Alice Ruiz)
O meu amor me diverte
quando chama
Diz que me ama
Depois não dá a mínima e desaparece
O meu amor me entristece
Cria expectativa
Mas não liga
Me convida em seguida me esquece
Mas como ele mesmo diz
Cada um tem o amor que merece
Não reclama
Cada um só tem o amor que merece
Para refletir...
( o "não reclama" é ótimo! )
domingo, 14 de setembro de 2008
"E no desvario seu, na torre pôs-se a cantar..."
Ismália
Alphonsus de Guimaraens
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
Alphonsus de Guimaraens
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
sábado, 13 de setembro de 2008
Desconjuro mangalô três vez
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
...............
Amar
Que pode uma criatura senão,entre criaturas, amar?
amar e esquecer,amar e malamar,amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,um vaso sem flor,
um chão de ferro,e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Drummond
Teria eu algo mais a dizer sobre isso tudo? Deveria eu dizer mais isso tudo sobre esse algo?
Hoje algumas respostas, talvez perguntas, me escapam.
Porém, diante da tristeza, e de alguma confusão, me surpreendo com reações novas e inesperadas. Apreciar a dor, até sorrir. Um suspiro mais sereno do que medroso. Um pensamento bom, no lugar de lamentações. Aceitação, e não recusa. Dói menos? Não, dói diferente.
Nunca me senti tão só como agora. Por outro lado, nunca estive tão companheira de mim mesma, nunca olhei tanto pra mim, com tal zelo e cuidado. Aos outros, nada acontece. No dia a dia, a aste do novo óculos é o que chama atenção. Ou o novo corte de cabelo. Ou um decote mais ousado. Mas irão perceber o sorriso mais aberto, o olhar mais tranquilo, os passos mais leves?
Num primeiro momento, a tristeza é devastadora. Te desconstrói por inteiro, rasga seus sonhos, suas lembranças, suas esperanças. Mas depois, é como uma lupa para ver o que te rodeia - e que mais uma vez você ignorou. A tristeza é um combustível necessário a mudança, pois ninguém deseja permanecer num terreno cinzento e sem flores. Pois bem, quero aromas, quero cores...ores. Quero portas e janelas se abrindo, quero também dizer "ê, vidinha mais ou menos". Quero ser feliz de novo...quero parar de viver uma dor de cotovelo sem fim, quero entender o meu lugar, quero ficar no meu lugar, quero lugares.
Hoje foi mais uma vez aquela tristeza cortante que veio, e uma vez mais ela feriu, remexeu o que tava sossegado, despertou aflições, deixou dúvidas e decepções. Mas não sei não, o punhal perde força, já não machuca tanto, ou talvez o corpo já esteja cicatrizando mais rápido. A tristeza é a mesma, mas a dor é diferente.
Ai...sofrer cansa, sabia?! Cruz credo, desconjuro mangalô três vez.
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
...............
Amar
Que pode uma criatura senão,entre criaturas, amar?
amar e esquecer,amar e malamar,amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,um vaso sem flor,
um chão de ferro,e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Drummond
Teria eu algo mais a dizer sobre isso tudo? Deveria eu dizer mais isso tudo sobre esse algo?
Hoje algumas respostas, talvez perguntas, me escapam.
Porém, diante da tristeza, e de alguma confusão, me surpreendo com reações novas e inesperadas. Apreciar a dor, até sorrir. Um suspiro mais sereno do que medroso. Um pensamento bom, no lugar de lamentações. Aceitação, e não recusa. Dói menos? Não, dói diferente.
Nunca me senti tão só como agora. Por outro lado, nunca estive tão companheira de mim mesma, nunca olhei tanto pra mim, com tal zelo e cuidado. Aos outros, nada acontece. No dia a dia, a aste do novo óculos é o que chama atenção. Ou o novo corte de cabelo. Ou um decote mais ousado. Mas irão perceber o sorriso mais aberto, o olhar mais tranquilo, os passos mais leves?
Num primeiro momento, a tristeza é devastadora. Te desconstrói por inteiro, rasga seus sonhos, suas lembranças, suas esperanças. Mas depois, é como uma lupa para ver o que te rodeia - e que mais uma vez você ignorou. A tristeza é um combustível necessário a mudança, pois ninguém deseja permanecer num terreno cinzento e sem flores. Pois bem, quero aromas, quero cores...ores. Quero portas e janelas se abrindo, quero também dizer "ê, vidinha mais ou menos". Quero ser feliz de novo...quero parar de viver uma dor de cotovelo sem fim, quero entender o meu lugar, quero ficar no meu lugar, quero lugares.
Hoje foi mais uma vez aquela tristeza cortante que veio, e uma vez mais ela feriu, remexeu o que tava sossegado, despertou aflições, deixou dúvidas e decepções. Mas não sei não, o punhal perde força, já não machuca tanto, ou talvez o corpo já esteja cicatrizando mais rápido. A tristeza é a mesma, mas a dor é diferente.
Ai...sofrer cansa, sabia?! Cruz credo, desconjuro mangalô três vez.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
até o coração tem algo a aprender...
"Estou tentando me libertar
fiquei preso num padrão e não consigo escapar
estou tentando me libertar
Ultimamente
quando eu fico perdido
de uma coisa eu sei
tudo vem até você
muito bem
até o coração tem algo a aprender"
................
“Quando começar a cicatrizar
Quero que você ponha seu lindo vestido de verão
Pode usar suas roupas de domingo, chapéu e tudo mais
E eu quero fazer amor com você
Quando começar a cicatrizar”
.............
"(...)
Estou andando nas nuvens
E olhando para o mar
E se uma porta se fecha
Vários lares começam a ser construídos
Arranque suas cortinas
Pois a luz do sol é como ouro
É bom ser você mesma
Faça o que você puder”
Mais algumas do filme...
fiquei preso num padrão e não consigo escapar
estou tentando me libertar
Ultimamente
quando eu fico perdido
de uma coisa eu sei
tudo vem até você
muito bem
até o coração tem algo a aprender"
................
“Quando começar a cicatrizar
Quero que você ponha seu lindo vestido de verão
Pode usar suas roupas de domingo, chapéu e tudo mais
E eu quero fazer amor com você
Quando começar a cicatrizar”
.............
"(...)
Estou andando nas nuvens
E olhando para o mar
E se uma porta se fecha
Vários lares começam a ser construídos
Arranque suas cortinas
Pois a luz do sol é como ouro
É bom ser você mesma
Faça o que você puder”
Mais algumas do filme...
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Apenas uma vez
"Subindo a colina esta noite
quando vc fechou os olhos
Eu desejei não ter precisado
Cometer tantos erros
e ter sido sábia
Mas, por favor,
procure ser paciente
E saiba que eu ainda estou aprendendo
Lamento que você tenha que ver
A força queimando dentro de mim
E onde você está agora, meu anjo?
Não vê que estou chorando?
Eu sei que você não pode fazer tudo
Mas você não pode dizer que eu não estou tentando
E estou decepcionando a mim mesma
Satisfazendo você
Eu queria que você pudesse ver
Que eu..."
"Então,
Se você quiser alguma coisa
E chamar, chamar
Eu irei correndo
Lutar
E estarei à sua porta
Quando não houver nada
Pelo qual valha a pena correr
Quando você está decidida
Quando você está decidida
Não adianta tentar mudar
Quando você está decidida
Quando você está decidida
Não adianta tentar mudar
Sabe
Você é como todo mundo
Quando acontece algo ruim
Só o que quer é ir embora
Correndo
E ficar sozinha escondida
E você está tão longe de mim
E não há mais nada
Quando você está decidida
Quando você está decidida
Não adianta tentar mudar
Quando você está decidida
Quando você está decidida
Não adianta tentar mudar"
O filme "Apenas uma vez", belíssimo, usa a música como personagem principal. As letras dão forma ao encontro, aos desencontros e permitem que cada um se encontre nas experiências e sentimentos cantados. Mas o filme vai mais além. Fala do amor de forma sutil, honesta...do amor que cuida, que sorri, que quer estar perto, mas não pode, que precisa fazer escolhas. Nos conduz a perceber que na liberdade de um, na comprensão amorosa de outro, o amor pode existir mesmo na distância. Gesto, palavras, olhares, cumplicidade, amizade, planos, consentimentos e negações...não se trata de um filme romântico, mas de amor.
Com um jogo de câmera em estilo de documentário, aliado a boa performance dos atores e da trilha sonora perfeitamente encaixada, o filme se revela delicado e poético, em que a própria linguagem cinematográfica significa o enredo.
Adorei. Daqueles que não dá pra ver apenas uma vez.
quando vc fechou os olhos
Eu desejei não ter precisado
Cometer tantos erros
e ter sido sábia
Mas, por favor,
procure ser paciente
E saiba que eu ainda estou aprendendo
Lamento que você tenha que ver
A força queimando dentro de mim
E onde você está agora, meu anjo?
Não vê que estou chorando?
Eu sei que você não pode fazer tudo
Mas você não pode dizer que eu não estou tentando
E estou decepcionando a mim mesma
Satisfazendo você
Eu queria que você pudesse ver
Que eu..."
"Então,
Se você quiser alguma coisa
E chamar, chamar
Eu irei correndo
Lutar
E estarei à sua porta
Quando não houver nada
Pelo qual valha a pena correr
Quando você está decidida
Quando você está decidida
Não adianta tentar mudar
Quando você está decidida
Quando você está decidida
Não adianta tentar mudar
Sabe
Você é como todo mundo
Quando acontece algo ruim
Só o que quer é ir embora
Correndo
E ficar sozinha escondida
E você está tão longe de mim
E não há mais nada
Quando você está decidida
Quando você está decidida
Não adianta tentar mudar
Quando você está decidida
Quando você está decidida
Não adianta tentar mudar"
O filme "Apenas uma vez", belíssimo, usa a música como personagem principal. As letras dão forma ao encontro, aos desencontros e permitem que cada um se encontre nas experiências e sentimentos cantados. Mas o filme vai mais além. Fala do amor de forma sutil, honesta...do amor que cuida, que sorri, que quer estar perto, mas não pode, que precisa fazer escolhas. Nos conduz a perceber que na liberdade de um, na comprensão amorosa de outro, o amor pode existir mesmo na distância. Gesto, palavras, olhares, cumplicidade, amizade, planos, consentimentos e negações...não se trata de um filme romântico, mas de amor.
Com um jogo de câmera em estilo de documentário, aliado a boa performance dos atores e da trilha sonora perfeitamente encaixada, o filme se revela delicado e poético, em que a própria linguagem cinematográfica significa o enredo.
Adorei. Daqueles que não dá pra ver apenas uma vez.
"Quando você vai aprender
Cultive o pensamento
E observe-o crescer
Dê corda nele
E deixe-o partir"
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
PARABÉNS MINHA FILHA!!!
Hoje minha pequena, meu pinguinho de gente, tá fazendo 3 anos!!!!!!!! Como passou rápido!!!Comemorou muito, com vários bolos, no sítio e na escola, com papai, mamãe, vovós, vovô, tios, tias, primos e prima. Vê-la crescer com saúde e alegria, sem dúvida é meu maior presente. Estou feliz por poder aprender com você, minha florzinha, aprender a me deixar guiar por passos leves e cheios de vida, que têm em sua marcha a sabedoria da infância. Minha companheirinha, em quem dou meu melhor abraço, aquela que está do meu lado quando me sinto sozinha, aquela cuja existência é por si só um ensinamento.
Sinto-me feliz também por poder te ensinar o pouco que sei, por ter a certeza de que cada gesto ou palavra é especial entre nós, e de que zelo todo dia por crescermos saudáveis, mãe e filha.
Com a ternura de toda mãe, feita dos sentimentos mais sinceros e bonitos, não lhe desejo a felicidade, pois poderá na procura por esta permanecer infeliz, mas desejo que saiba ser feliz cada dia de sua vida, vivendo os momentos todos, alegres ou tristes, com criatividade.
Sinto-me feliz também por poder te ensinar o pouco que sei, por ter a certeza de que cada gesto ou palavra é especial entre nós, e de que zelo todo dia por crescermos saudáveis, mãe e filha.
Com a ternura de toda mãe, feita dos sentimentos mais sinceros e bonitos, não lhe desejo a felicidade, pois poderá na procura por esta permanecer infeliz, mas desejo que saiba ser feliz cada dia de sua vida, vivendo os momentos todos, alegres ou tristes, com criatividade.
E então desejo que um dia vc ensine tudo o que aprendeu a sua mãe, hehehehe.
Beijoca de palhaça, pinguinho de gente! TE AMO!!!
Cria
Maria Rita
Composição: Serginho Meriti/Cesar Belieny
Crescendo foi ganhando espaço
Pulou do meu braço
Nasceu outro dia e já quer ir pro chão
Já fala mãe, já fala pai
Já não suja na cama
Não quer mais chupeta
Já come feijão
E posso até ver os meus traços nos primeiros passos
Tropeça e seguro e não deixo cair
Se cai, levanta, continua
A porta da rua fechada
Criança não deixo sair
Da linha, da linha
Reflexo no espelho leva à emoção
A lágrima ameaça do olho cair
Semente fecundou
Já começa a existir
É cria, criatura e criador
Cuida de quem me cuidou
Pega na minha mão e guia
Beijoca de palhaça, pinguinho de gente! TE AMO!!!
Cria
Maria Rita
Composição: Serginho Meriti/Cesar Belieny
Crescendo foi ganhando espaço
Pulou do meu braço
Nasceu outro dia e já quer ir pro chão
Já fala mãe, já fala pai
Já não suja na cama
Não quer mais chupeta
Já come feijão
E posso até ver os meus traços nos primeiros passos
Tropeça e seguro e não deixo cair
Se cai, levanta, continua
A porta da rua fechada
Criança não deixo sair
Da linha, da linha
Reflexo no espelho leva à emoção
A lágrima ameaça do olho cair
Semente fecundou
Já começa a existir
É cria, criatura e criador
Cuida de quem me cuidou
Pega na minha mão e guia
sábado, 6 de setembro de 2008
amor em minúscula
650 mil horas
"Faltava um suspiro para que o ano acabasse e começasse outro. Invenção humana para vender calendários. Afinal de contas, decidimos arbitrariamente quando começam os anos, os meses e até as horas. Organizamos o mundo como queremos e isso nos deixa tranquilos. É possível que, sob um caos aparente, o universo tenha, apesar de tudo, uma ordem. Mas, sem dúvida, não é nossa.
Enquanto colocava sobre a mesa solitária da sala de jantar uma garrafa pequena de champanhe e 12 uvas, eu pensava nas horas. Havia lido em um livro qua as baterias da vida humana se esgotam ao cabo de 650 mil horas. (...) A questão era: quantos milhares de horas eu já desperdiçara?
...............
´Já estou em um ano novo´, foi meu último pensamento, ´mas nada de novo virá´. E adormeci ignorando o quanto me equivocava."
(Francesc Miralles, Amor em Minúscula)
suspiro que faltava...
"Faltava um suspiro para que o ano acabasse e começasse outro. Invenção humana para vender calendários. Afinal de contas, decidimos arbitrariamente quando começam os anos, os meses e até as horas. Organizamos o mundo como queremos e isso nos deixa tranquilos. É possível que, sob um caos aparente, o universo tenha, apesar de tudo, uma ordem. Mas, sem dúvida, não é nossa.
Enquanto colocava sobre a mesa solitária da sala de jantar uma garrafa pequena de champanhe e 12 uvas, eu pensava nas horas. Havia lido em um livro qua as baterias da vida humana se esgotam ao cabo de 650 mil horas. (...) A questão era: quantos milhares de horas eu já desperdiçara?
...............
´Já estou em um ano novo´, foi meu último pensamento, ´mas nada de novo virá´. E adormeci ignorando o quanto me equivocava."
(Francesc Miralles, Amor em Minúscula)
suspiro que faltava...
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
2,25 astigmatismo
"Para as pessoas que sofrem de astigmatismo, todos os objetos próximos ficam distorcidos. As imagens ficam embaçadas porque alguns dos raios de luz são focalizados e outros não. A sensação é parecida com a distorção produzida por um pedaço de vidro ondulado.
Um astigmatismo ligeiro pode desenvolver-se ao longo dos anos, devido à alteração da curvatura da córnea, provocada pelos milhares de pestanejamentos diários". (Wikipédia)
hoje mandei fazer meus óculos novos
2,25 astigmatismo, olho direito
a esquerda conpensa o lado defeituoso
adorei o modelo
em sete dias úteis
verei o mundo com mais nitidez
verás mais cor, me diz o vendedor
e dá pra usar diante do computador
lente anti-reflexo
na receita tá pra longe
mas serve pra perto também
não é pra uso contínuo
deveria?
pois é
quem diria
astigmatismo, eu
é a idade, só pode ser
a idade
Um astigmatismo ligeiro pode desenvolver-se ao longo dos anos, devido à alteração da curvatura da córnea, provocada pelos milhares de pestanejamentos diários". (Wikipédia)
hoje mandei fazer meus óculos novos
2,25 astigmatismo, olho direito
a esquerda conpensa o lado defeituoso
adorei o modelo
em sete dias úteis
verei o mundo com mais nitidez
verás mais cor, me diz o vendedor
e dá pra usar diante do computador
lente anti-reflexo
na receita tá pra longe
mas serve pra perto também
não é pra uso contínuo
deveria?
pois é
quem diria
astigmatismo, eu
é a idade, só pode ser
a idade
Canto
Casa pré-fabricada
(...)
Vale o meu pranto
que esse canto em solidão
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas
Abre essa janela
primavera quer entrar
pra fazer da nossa voz uma só nota.
Canto que é de canto que eu vou chegar
Canto e toco um canto que é pra te encantar
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
que explique a minha paz
Tristeza nunca mais...
(...)
Vale o meu pranto
que esse canto em solidão
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas
Abre essa janela
primavera quer entrar
pra fazer da nossa voz uma só nota.
Canto que é de canto que eu vou chegar
Canto e toco um canto que é pra te encantar
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
que explique a minha paz
Tristeza nunca mais...
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