quarta-feira, 2 de abril de 2008

O que vale é o que a sorte escreveu...

Só Deus é Quem Sabe
Mart'nália
Composição: Indisponível

Eu não sei guardar ressentimentos
Eu hoje lembro com ternura cada momento
Promessas de nós dois naqueles dias
O tempo transformou-as em palavras vazias
Às vezes a paixão nos traiu
Às vezes foi a voz que mentiu
Mas nada disso importa
O que vale é o que a sorte escreveu
Só Deus é quem sabe do amor
Eu não sei nada
Só sei que a vida nos prepara cada cilada
E é inútil se tentar fugir da longa estrada


Morte. Luto. Vida.


Engraçado como tem sido mais fácil me expressar pelas letras das músicas. Não quero nada falar, só depurar o vazio. E escutar, respirar, pisar o chão, sentir a areia nas mãos, o sol na face. Acho que é mais ou menos procurar o sentido de árvore (manoel de barros), pra flores novamente nascerem com sementes de bons frutos.
Por enquanto, me proponho o exercício cotidiano do esquecimento e espero ansiosa a manhã em que não me lembre mais de esquecer. Lembranças são afastadas com profundos suspiros, que levam embora também gotas de dor. E dão lugar a tímidos e delicados sorrisos, que por isso inusitadamente sinceros. Como agora.

"Quem sabe soletrar adeus, sem lágrimas nenhuma dor?" (Novamente, Fred Martins)

É isso.

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