terça-feira, 3 de março de 2009

Fita verde?

Sinto a passagem do tempo. Passagem, paisagem. Sabe quando você vê que não comete os mesmos erros, ou que comete de forma inexplicavelmente diferente, ou que simplesmente reconhece friamente esses erros mesmos? Sabe quando as atitudes de fatam mudam? Quando percebemos que sorrimos o sorriso malicioso de quando olhamos a nós mesmos? Quando surge uma inesperada confiança, tranquilidade, serenidade, ainda que passageira - pois a dúvida faz parte do charme desses sentimentos que adoram se esconder atrás da porta e nos dar um agradável susto. São nesses momentos desabrochantes que o corpo parece expulsar a lágrima mais sofrida de todos os sofrimentos que o levaram até o presente. E você olha para o espelho e você enxerga o sal , pá de cal que sepulta algo que ficou para trás. (Só quero saber quando é que vai ficar para trás esse ar dramático de canceriana...rs).
Paisagem na janela que insiste em passar, o tempo. Quantos detalhes de mim ainda se escondem nessa moldura que talho diariamente para ver a imagem que me talha também?
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"Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto (...)

Basta as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim (...)

Cuida de mim enquanto finjo, enquanto fujo, enquanto finjo"

(Teatro Mágico, Cuida de mim)

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