segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Ácida...e daí?

Mulher, e daí? (Apenas Mulher)
Gonzaguinha
Composição: Luis Gonzaga Jr.

E daí?
Pouco importa se você se importa
Ou se interessa ou não se interessa
É fim de conversa
Eu volto pra vida
Que deixei lá fora na rua

E daí?
Vou sentindo a demora
De ver que o vulcão
Que o meu peito devora
Não teve a resposta
A contra-proposta
Da parte que é tua

Fui tua...e daí?

É uma pena
Que a moça não seja
De cama e mesa
Um bicho uma presa
Que depois de usada
Se guarda ou se joga
Na lata de lixo

E daí?
Eu sou uma mulher
Uma parte comum
De um jogo qualquer
Pra perder ou ganhar
Ou aquilo que for
Mas os dois com a mão na colher

E daí?
Digo a frase maldita
E pra mim pouco importa
Se você acredita
Eu te amo e não temo este amor
Já vou indo vou levando esta dor
Vou em paz
Pois não temo a dor de amar demais

E daí?!...


Engraçado, não me sinto ácida, mas a acidez deve ocupar um lugar importante em mim no momento, porque me fez postar essa música agora...mas tb, a gente passa por cada uma...e a vontade que dá é essa mesmo, ir indo, carregando a dor, mas sempre indo. É que às vezes a gente fica, e qdo a gente fica, a gente vê, a gente escuta coisas que não queria. Ahhh...o importante é que vou, não fico parada, não estou estagnada. Aprendi a não ter medo de amar, pois já me disseram que vai passar. Vai se transformar, acredito. Em carinho, provavelmente. E também na crença de ter uma vida inteira pela frente. Porque é quando o amor enfraquece, que pensamos na gente. Que imaginamos o futuro sem o outro. Que ficamos até felizes em pensar na vida de outra maneira.
É, ainda estou triste por amar...e daí?

O chão some pra permitir que o mar se abra. E pra que possamos colocar os pés na areia fria e na surpresa da noite calma, ver uma estrela cair. Um sopro de vento, um sopro de alegria.

(Ei, alguém me empresta uma espada pra eu quebrar o vaso com aquela flor que morreu??!!)

; ))

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